O governo de Cuba recusou a permissão para a realização de procissões de Sexta-Feira Santa em diversas cidades, incluindo Bayamo, Vila Clara e Havana, impedindo assim que padres conduzissem esses eventos públicos religiosos.
Essa decisão segue protestos contra o governo comunista, que ocorreram em 17 de março, em várias cidades cubanas, como Santiago de Cuba, Bayamo, Ciego de Ávila, Santa Marta, Cárdenas e Marianao.
A medida é vista como uma tentativa de evitar novas manifestações contra o regime, que está no poder há 65 anos. Em um comunicado via Facebook, o padre Lester Zayas, da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Havana, expressou sua insatisfação com a proibição.
Ele destacou que a solicitação para a procissão partiu da comunidade paroquial, que deseja expressar sua fé publicamente, e não de uma iniciativa pessoal sua. O padre Zayas argumentou que negar a procissão como forma de punição viola a liberdade religiosa, salientando que tal ato é um direito dos fiéis e não deveria ser impedido pelas autoridades.