Na noite de quarta-feira, 28 de fevereiro, o deputado estadual Capitão Assunção, filiado ao Partido Liberal (PL), foi preso pela Polícia Federal no Espírito Santo, a pedido do Ministério Público estadual e autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão ocorreu sob alegação de descumprimento de medidas cautelares previamente impostas ao político.
Após a detenção, Assunção foi levado à sede da Polícia Federal em Vila Velha para prestar depoimento. Seguiu para exames no Departamento Médico Legal em Vitória e, posteriormente, foi encaminhado ao Quartel da Polícia Militar na mesma cidade, onde permanece detido em uma cela do presídio militar.
A Polícia Federal não especificou os detalhes que motivaram a prisão. Contudo, declarações do PL e de Magno Malta, presidente do partido no Espírito Santo, indicam que o motivo seria o não cumprimento de medidas cautelares. Em uma manifestação pelas redes sociais, Malta descreveu a prisão do deputado, que ocorreu enquanto este participava de um evento religioso e fazia uso de uma tornozeleira eletrônica.
O partido também emitiu uma nota, criticando o que chamou de “ativismo judicial”, sugerindo que as ações contra Assunção poderiam estar relacionadas à sua postura crítica em relação à vacinação e ao ativismo judicial.
Marcelo Santos, presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo e membro do Podemos, informou que a casa legislativa não recebeu comunicação oficial sobre a prisão e que aguarda mais informações para se pronunciar.
Capitão Assunção, reeleito em 2022, é figura controversa e foi alvo de medidas judiciais, incluindo o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica desde dezembro, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. O deputado é suspeito de envolvimento com a disseminação de fake news, ataques a ministros do STF e participação em atos considerados antidemocráticos e milícias digitais.