Sulaina Nabirye, de 50 anos, de Kamuli, aceitou Jesus no dia 10 de fevereiro e, desde então, seu filho de 31 anos tentou persuadi-la a retornar ao Islã.
“Durante o mês do Ramadã, ela reclamou que seu filho estava a pressionando a parar de frequentar a igreja e voltar ao Islã, já que ele estava estudando para se tornar um imã na Mesquita Bugembe”, disse o parente, cujo nome é retido por razões de segurança, ao Morning Star News.
“Quando ela se recusou a se converter de volta ao Islã, ele parou de visitá-la e ameaçou persegui-la ou até mesmo matá-la”, acrescentou.
Devido aos medos de Sulaina, o parente a visitava com frequência e aproveitava a oportunidade para orar e encorajá-la a resistir às ameaças do filho.
“Ela tinha paz, alegria e foi encorajada pelos sermões do pastor”, relatou o parente.
No dia 9 de abril, o muçulmano, Arajabu Mukiibi, visitou Sulaina e levou uma comida que sua esposa havia preparado.
“Às 19h, ele veio nos deu a comida e foi embora. Eu estava orando e jejuando, então não comi. Pouco depois de comer a refeição, Sulaina começou a vomitar e teve diarreia. Tentei o que pude, mas as coisas estavam piorando, liguei para um oficial da clínica próxima que veio com medicação. Ele tentou colocá-la no soro, mas tudo foi em vão”, relembrou o parente.
Segundo ele, Sulaina morreu na madrugada do dia 10 de abril. Os vizinhos ficaram sabendo da tragédia porque o ouviram chorar.
O parente testou o alimento em uma clínica médica e descobriu que continha metanol, um álcool tóxico usado como solvente industrial e pesticida.
“O filho dela não veio ajudar a mãe dele. Ele e sua esposa que estavam morando por perto não apareceram. Isso me fez concluir que foi ele quem planejou o envenenamento”, afirmou ele.
E continuou: “As pessoas da área condenaram Mukiibi por supostamente tirar a vida de sua mãe por se tornar cristã e prometeram se vingar”.
A conversão
Sulaina perdeu o marido em 2019. Recentemente, ela participava dos cultos da igreja todos os domingos desde que colocou sua fé em Jesus.
“Em 9 de fevereiro, compartilhei com ela a fé cristã e, no dia seguinte, participamos de uma pregação ao ar livre”, disse o parente.
“Após a pregação, ela pediu ao pastor que orasse por sua salvação. Eles oraram e ela recebeu Jesus como Senhor e Salvador”, acrescentou.
De acordo com o Morning Star News, o assassinato foi o último de muitos casos de perseguição a cristãos em Uganda.