PT, PCdoB e PV de Candeias rebatem Éden Valadares e afirmam não aceitar imposição de “coronéis”

A Federação Brasil da Esperança em Candeias do PT, PV E PCdoB disse que recebeu com “estranheza” a fala do presidente estadual do PT, Éden Valadares, de que o seu partido iria interferir na tática eleitoral da federação a nível municipal na cidade. Éden afirmou que as decisões referentes ao PT na cidade passariam a ser feitas pelo PT estadual, e não pela federação conforme norma legal indicada no Estatuto registrado e na indicação 01, aprovada pela reunião da Federação Brasil da Esperança Estadual, realizada no dia 01 de fevereiro de 2024.

A indicação 01 da federação afirma que nas “cidades onde houver mais de um candidato majoritário entre os partidos que compõem a FBE, a FEDERAÇÃO deve se reunir, examinar o cenário e tentar encontrar uma solução consensual”. Em Candeias, existem duas pré candidaturas postas na federação, a do vereador Silvio Correia (PV) e da vice prefeita Marivalda Silva (PT).

A fala de Éden foi vista como uma tentativa de tomar do partido e da federação em Candeias o poder de decisão sob candidatura a prefeito, já que a vice-prefeita não consegue consenso interno para lançar sua candidatura, nem do PT, nem de outros partidos da federação. “Até o momento existem duas candidaturas colocadas à disposição dentro da federação que estão sendo avaliadas com cautela, igualdade e sem predileção” diz a nota.

A federação afirma que se preocupa muito com a postura da atual pré-candidata do PT, que não busca diálogo entre as direções partidárias do município, se valendo de seus “descontentamentos pessoais” para pedir intervenção da instância estadual de um dos três partidos da federação no município. Atribuiu ainda a Marivalda uma “atitude totalmente arbitrária e antidemocrática, pois a política é a arte do diálogo e não da imposição e do desmando”.

Os presidentes dos respectivos partidos PT, PV e PCdoB afirmam ainda que não aceitarão a tentativa de interferência e imposição e que a fala representa a velha política de “caciques” e “coronéis”, uma prática antiga de impor um desejo pessoal a um grupo. Na nota, os partidos rebatem Éden e afirmam que quem “deverá decidir sobre a política de Candeias são os dirigentes que vivem e militam no dia a dia do município, e que conhecem a vida Candeense, seus problemas e desafios”.

Eles afirmaram que a postura do presidente estadual do partido “acaba atrapalhando o processo de montagem de pré-candidaturas para a federação, onde os prazos de filiações se encerram em 06 de abril, tendo em vista, que uma interferência desta forma, deixa inconstante e desigual o processo de montagem eleitoral na proporcional” e que “já que a direção estadual do PT quer interferir na definição da Majoritária, deverá também se responsabilizar pela construção de uma chapa proporcional forte em Candeias”. Assinam a nota, os presidentes municipais: Emerson Magno Santos da Paixão do PT, Ari Carlos – Presidente do PCdoB e Tony Gleidson do PV.

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