Em uma prática que já se estende por décadas, as congregações da Assembleia de Deus em Pernambuco adotam uma tradição peculiar: reservar uma cadeira especial, situada no altar, exclusivamente para o presidente da igreja, o pastor Ailton José Alves. Esta cadeira, muitas vezes referida como um trono, é encontrada em cada uma das congregações da denominação, desde as maiores cidades até os menores engenhos do estado.
A cadeira é mantida vaga em todas as ocasiões, servindo como uma homenagem e reverência ao líder religioso. Curiosamente, em muitas dessas congregações, o pastor Ailton José Alves nunca esteve presente, nem espera-se que visite, mas ainda assim, o espaço para sua cadeira é garantido e respeitado, ocupando uma posição central no altar.
Entre os fiéis, especialmente os mais jovens, há críticas a essa iniciativa. Eles questionam a prática, que, apesar das objeções, permanece inalterada devido à sua natureza profundamente enraizada na cultura da igreja. Essa tradição singular tem sido motivo de debates internos, com alguns vendo-a como uma consolidação da imagem de autoridade do pastor, enquanto outros questionam se ela pode incentivar uma forma de idolatria ou um culto excessivo à figura do líder.
Enquanto as novas gerações não resolvem se tiram ou não a cadeira do pastor Ailton do altar, ele segue sendo ovacionado como o bom e velho “ditador” que aparenta ser.