Um vídeo que circula nas redes sociais e foi verificado por agências internacionais capturou o momento exato em que um míssil atinge a região de Kirya, no coração de Tel Aviv, onde está localizada uma importante base militar das Forças de Defesa de Israel. A imagem, gravada durante a madrugada de sexta-feira (13), registra a explosão e a reação imediata no centro urbano, em meio ao barulho de sirenes e alertas aéreos.
O ataque foi resultado direto de uma ofensiva do Irã contra o território israelense, em resposta a bombardeios conduzidos por Israel um dia antes. A retaliação iraniana incluiu o lançamento de dezenas de mísseis balísticos e drones, intensificando a tensão entre os dois países e ampliando o temor de uma escalada militar no Oriente Médio.
Fontes ligadas ao Exército israelense confirmaram que alguns dos projéteis atravessaram o escudo defensivo do país e atingiram áreas estratégicas. Ainda de acordo com os militares, uma parte dos danos relatados se deve aos destroços dos próprios sistemas de interceptação, que acabaram caindo em zonas residenciais e comerciais próximas.
Decisão de ataque foi estratégica e visa conter avanço nuclear iraniano
A ação israelense que desencadeou a resposta iraniana foi motivada por uma avaliação interna do gabinete de segurança de que Teerã atravessa um momento de vulnerabilidade. Autoridades de inteligência alegam que o regime iraniano enfrenta pressão crescente, tanto política quanto militar, e que isso criou uma oportunidade rara para atingir alvos sensíveis com menor risco de resposta imediata em larga escala.
Além do contexto interno no Irã, outro fator que pesou na decisão de Israel foi o avanço das negociações entre Estados Unidos e Teerã sobre o programa nuclear iraniano. Fontes próximas ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmam que o governo israelense teme que um eventual acordo reduza a capacidade de conter o desenvolvimento de armas nucleares por parte do Irã.
Nas últimas semanas, milícias e grupos armados apoiados por Teerã — incluindo Hezbollah e facções na Síria e no Iraque — sofreram reveses em combates diretos com Israel, o que contribuiu para a percepção de enfraquecimento da rede de apoio iraniana na região. Para o governo israelense, esse cenário indicava que o momento era propício para uma ação cirúrgica, com o objetivo de enfraquecer a estrutura militar e dissuadir futuras investidas nucleares.
O lançamento dos mísseis iranianos contra Tel Aviv, no entanto, reacendeu os alertas sobre um possível alastramento do conflito, colocando potências internacionais em estado de vigilância diplomática. A ofensiva marca um dos episódios mais tensos entre os dois países nos últimos anos e pode redefinir a correlação de forças no Oriente Médio.
Enquanto a população civil convive com o medo e os alarmes constantes, os próximos dias serão decisivos para determinar se o confronto seguirá em escalada ou dará espaço para uma tentativa de mediação internacional.