A cantora gospel Aline Barros gerou grande polêmica ao se apresentar na abertura do carnaval em Palmas, Tocantins. O show aconteceu no evento “Carna Praça”, promovido pelo governo estadual, e custou R$ 220 mil aos cofres públicos.
O pagamento foi feito à empresa Criative Music, responsável por intermediar a contratação da artista. A apresentação da cantora dividiu opiniões nas redes sociais, especialmente entre o público evangélico, que criticou sua participação em um evento carnavalesco.
Em meio às críticas, Aline Barros não se manifestou diretamente sobre a relação do evento com o carnaval, mas fez uma publicação no Instagram exaltando seu ministério e reforçando seu compromisso com a fé cristã.
No post, a artista escreveu: “Sim, eu fui chamada para esse tempo! Não posso me calar, não posso parar. Enquanto houver uma alma sedenta, enquanto houver corações feridos e vidas precisando da verdade que liberta, eu estarei aqui, anunciando que Jesus é o caminho, a verdade e a vida!”
Apesar de não mencionar o evento pelo nome, a publicação incluiu fotos da apresentação.
Outro ponto que chamou a atenção foi a intermediação da Criative Music na contratação da artista. A empresa tem entre seus sócios os cantores gospel André e Felipe, além da também cantora Fernanda Brum.
A reportagem, Fernanda Brum disse que não recebeu nenhum valor com a intermediação desse show.
Além de Aline Barros, outro cantor gospel, Sandro Nazireu, também se apresentou no mesmo evento, recebendo R$ 100 mil pelo show.
O caso reacendeu o debate sobre a relação de artistas gospel com eventos patrocinados por recursos públicos e os altos cachês pagos a esses artistas. Enquanto alguns defendem que Aline Barros usou a oportunidade para evangelizar, outros questionam a coerência de sua participação em um evento festivo do carnaval, tradicionalmente criticado por setores evangélicos.