Pastor Cleiton Collins se posiciona contra ação do MPPE que questiona cultos nas escolas

O deputado Pastor Cleiton Collins (PP), uma das principais lideranças evangélicas de Pernambuco, se reuniu com o Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho, para discutir a recente medida do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que questiona os “intervalos bíblicos” nas escolas públicas.

Collins afirmou que a ação do MPPE é inconstitucional e viola o direito à liberdade religiosa, garantido pela Constituição Federal. “Essa medida fere o artigo 18 da Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente, que assegura a livre manifestação da fé. Além disso, esses intervalos têm promovido a paz nas escolas, afastando os jovens da violência e das drogas”, defendeu o deputado.

Durante o encontro, que também contou com a presença da deputada federal Missionária Michele Collins e do vereador eleito Alef Collins, o deputado apresentou documentos para reforçar sua posição.

Ele destacou casos de alunos, como o de um jovem chamado Lucas, para exemplificar os benefícios dos encontros religiosos no ambiente escolar, que segundo ele, têm contribuído para melhorar o comportamento dos estudantes e oferecer apoio emocional.

A polêmica em torno dos “intervalos bíblicos” surgiu após denúncias de que cultos evangélicos estariam sendo realizados em escolas públicas sem a presença de outras crenças e sem supervisão de educadores. Em resposta, o MPPE anunciou uma audiência pública para novembro, que reunirá professores, alunos, gestores e membros da comunidade escolar para debater o tema.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) destacou que, embora não seja contra a prática religiosa, o uso dos espaços públicos para atividades de fé deve ser debatido com a comunidade escolar, garantindo o respeito à diversidade de crenças.

A Secretaria de Educação de Pernambuco também se pronunciou, reforçando seu compromisso com a laicidade do Estado. Segundo a Secretaria, os intervalos religiosos são organizados pelos próprios alunos e não interferem no calendário escolar. O MPPE solicitou documentos que detalhem em quais escolas esses encontros estão sendo realizados.

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