Em meio à turbulenta fase de graves denúncias que vêm sendo feitas contra a alta cúpula da AD Belém pelo youtuber Zion, do canal Fala Zion, o comando da igreja em São Paulo, seguindo a orientação do CEO, André Tshuchiya, decidiu rever toda a estratégia de crescimento e desempenho dos pastores setoriais, a fim de aumentar a competitividade com outras denominações.
A reportagem teve acesso a um relatório que expõe uma enorme preocupação da sede do Belém com o campo de Osasco, onde a igreja está perdendo espaço para a ADbrás.
Comandada na cidade pelo pastor Belchior Júnior, a Adbrás Osasco deu um salto gigantesco nos últimos anos, e após um estudo, ficou claro que a juventude, liderança e dinamismo eram fatores que faziam diferença num comparativo entre as duas denominações na cidade.
Para “competir” com a ADbrás, a AdBelém decidiu trocar o pastor José Amaro da Silva, que presidiu a Ad Belém em Osasco por 33 anos. Em seu lugar foi empossado na semana passada o pastor Luiz Ricardo Souza.
A missão de Luiz, segundo uma fonte, é frear o crescimento do pastor Belchior. “Esperamos que a nova liderança traga inovação e uma aproximação maior com os jovens, algo que tem sido o ponto forte da ADbrás”, disse a fonte sob condição de anonimato.
Esse ambiente de competição não é visto apenas em Osasco; este movimento de jubilações e substituições faz parte do plano da igreja para tentar se reposicionar dentro do cenário evangélico brasileiro.
Ao longo de décadas, a igreja sofreu com divisões de pastores que deixaram o ministério mas levaram estrutura e membresia, além da perda massiva de membros que teve seu auge na pandemia de Covid-19, quando cresceu o movimento chamado desigrejados.