Um caso polêmico envolvendo a liderança da Assembleia de Deus tem causado grande repercussão entre os fiéis e lideranças da denominação. O pastor Neemias Gaspar de Araújo, nome indicado para ocupar o cargo de segundo vice-presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), possui um histórico criminal grave, incluindo uma condenação judicial.
Em 2005, o pastor Neemias foi detido em flagrante em Betim, Minas Gerais, após uma abordagem policial que o encontrou dentro de seu veículo com o ziper aberto ao lado de um menor, em situação comprometedora. Na época, além de pastor, ele exercia o cargo de conselheiro tutelar e, devido à gravidade dos fatos, foi destituído da função.
“Estava no Shopping Itaú com um amigo chamado Gleison, que o chamou para ir até as proximidades da Transportadora São Geraldo. No local, percebeu um veículo Vectra passando repetidamente, com o motorista diminuindo a velocidade e olhando para ele. O motorista parou e perguntou quanto cobrava para um programa, ao que respondeu R$ 50,00. Após reclamação do valor, sugeriu que o motorista desse uma volta e retornasse. Quando o motorista voltou, perguntou se o valor havia diminuído, e o informante então cobrou entre R$ 15,00 e R$ 10,00. Entrou no veículo, que seguiu para uma rua próxima, parando atrás de um caminhão. O motorista abriu o zíper da calça e, neste momento, ambos foram abordados por policiais militares e conduzidos à Delegacia de Plantão. Mais tarde, o informante soube que o motorista se chamava Nehemias…”
O caso gerou grande repercussão e, posteriormente, foi utilizado pelo Ministério Público para tentar impedir sua diplomação ao cargo de vereador em Betim, Minas Gerais, em 2016. No entanto, a Justiça rejeitou o pedido e permitiu sua candidatura.
A polêmica reacendeu o debate sobre os critérios de escolha para os cargos na CGADB e a necessidade de maior transparência no processo. Muitos fiéis e pastores defendem que a indicação de Neemias deve ser revista para preservar a credibilidade da instituição. Apesar das críticas, a diretoria da CGADB ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. O pastor Neemias também não fez declaração pública a respeito das acusações.