Ba-Vi 500: Marcelo Ramos e Nadson lamentam torcida única no clássico

O Ba-Vi de número 500, que acontece neste sábado, 1, na Arena Fonte Nova, será disputado com torcida única. Apenas os tricolores poderão acompanhar a partida válida pela 6ª rodada do Campeonato Baiano. O clássico, que desde 2017 é realizado sem a presença das duas torcidas, voltou a ser pauta entre ex-jogadores e autoridades.

Em entrevista, Marcelo Ramos, um dos maiores artilheiros da história do Bahia, lamentou a ausência da torcida mista e destacou como isso influenciava positivamente o ambiente da partida: “Do meu tempo para hoje, acho que a rivalidade não muda, continua a mesma, mas infelizmente com algumas situações de violência, o que acarreta diretamente na decisão pela torcida única”, afirmou o ex-jogador. “No meu tempo era muito legal poder jogar com as duas torcidas. Isso nos motivava ainda mais, para poder dar alegria ao nosso torcedor”, completou.

Marcelo Ramos foi formado nas categorias de base do Bahia | Foto: Reprodução

Outro ex-jogador que se manifestou sobre o tema foi Nadson, o Nadgol, que atuou por Bahia e Vitória, mas que tem forte identificação com o Rubro-Negro.”Era muito gostoso ter torcida mista no estádio. Isso faz muita falta nos clássicos. A gente espera que isso possa melhorar, para que tenhamos o retorno da torcida mista, mas infelizmente vemos que esse retorno está cada vez mais longe”, declarou ele.

“Muita violência tem acontecido, e isso está complicando demais a presença das duas torcidas nos estádios. É lamentável, porque o futebol precisa da torcida mista”, concluiu.

No início do ano, uma reunião de alinhamento e integração foi realizada pela Polícia Militar da Bahia para discutir a segurança nos estádios em 2025, com a participação de representantes de Bahia e Vitória, torcidas organizadas, Federação Bahiana de Futebol (FBF), Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Ministério Público da Bahia (MP-BA). O promotor de justiça Hugo Cassiano de Santana ressaltou que a prioridade segue sendo a segurança.

Augusto Vasconcelos, secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), também comentou sobre o tema em entrevista exclusiva, na última segunda-feira, 20: “O Ba-Vi é o maior clássico da região Nordeste e um dos maiores do país. Aliás, um dos maiores do mundo, classificado internacionalmente. Ele integra a cultura do nosso povo. Meu pai me levava para ver o Vitória na Fonte Nova em torcida mista e eu me lembro desses Ba-Vis”, disse. “Claro que é difícil voltar a esse tempo. Eu entendo o novo momento que a gente vive. Mas a violência não pode ser a marca do futebol”, completou.

Related posts

Leave a Comment