Após Ipitanga, praias de Vilas e Buraquinho também devem passar por requalificação com retirada de barracas da faixa de areia

Refúgio para os banhistas que fogem das praias de Salvador em busca de mais estrutura, as orlas de Buraquinho e Vilas do Atlântico, na Região Metropolitana, também devem passar – seguindo o movimento que está acontecendo em Ipitanga – por obras de requalificação para a retirada das barracas da faixa de areia.

Por enquanto, apenas a Praia de Ipitanga, a primeira de Lauro de Freitas, na fronteira com Salvador, já está passando por obras de requalificação. As estruturas instaladas na faixa de areia só devem ser derrubadas depois que as novas já estiverem prontas. Ao todo, serão 30 barracas para comportar 15 empreendedores, todas fora da faixa de areia.

O projeto foi desenvolvido pela gestão da ex-prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho. Ao Vox Livre, ela contou que a proposta foi apresentada, em 2017, ao juiz Carlos D’Ávila Teixeira, da 13ª Vara da Justiça Federal, o mesmo que determinou, em decisão liminar, a retirada de mais de 300 barracas da faixa de areia de Salvador, em 2010. Ele, no entanto, só aprovou a proposta no ano passado, e logo em seguida as obras foram iniciadas.

Outros dois projetos que incluem a retirada das barracas da faixa de areia de Buraquinho e Vilas do Atlântico também foram apresentados ao juiz, mas, segundo a ex-prefeita, ele teria informado que só avaliaria após as obras de Ipitanga serem concluídas.

Relembre a derrubada das barracas

Essa intervenção em Ipitanga acontece 14 anos depois que as primeiras barracas da região foram derrubadas em cumprimento à decisão liminar do juiz Carlos D’Ávila Teixeira. Na época, houve resistência e discussão sobre o território e se a região fazia parte de Lauro ou de Salvador.

Notificação judicial para Lauro de Freitas

Ainda assim, 32 barracas acabaram sendo demolidas na região até o antigo Pan-Americano de Judô (hoje Arena Bahia), área que, segundo a lei de 1962 compreendia ao município de Salvador. As outras estruturas após esse limite, consideradas no território de Lauro de Freitas, seguiram de pé, mas em 2017 a prefeitura foi notificada pela Justiça, que pedia também a derrubada do restante das barracas de Ipitanga. Foi neste mesmo ano que a gestão municipal apresentou os três projetos de requalificação de Ipitanga, Vilas e Buraquinho.

Não há uma determinação judicial para derrubada das barracas em Vilas e Buraquinho, mas a intenção, ainda segundo a ex-prefeita, é “se resguardar”, já que houve, em 2017, uma notificação judicial para a retirada das barracas da orla de Ipitanga pertencente a Lauro de Freitas. A reportagem tentou contato com a gestão municipal atual, comandada por Débora Régis, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

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