Pastor é acusado de agredir duas mulheres durante pregação em praça pública

O pastor Pedro Saturnino está no centro de uma polêmica após agredir duas mulheres durante uma pregação na Praça do Coqueirinho, no bairro Engenho do Porto, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. O incidente ocorreu na noite de segunda-feira (7), e foi registrado em vídeo por testemunhas. O pastor teria iniciado a discussão com ofensas homofóbicas e acusações de uso de drogas.

As vítimas, Maria Júlia Lopes Ferreira, de 24 anos, e sua amiga Thais Miranda, de 25, passeavam com seus filhos quando o pastor, segundo elas, começou a xingá-las e acusá-las de serem mulheres trans e de estarem consumindo maconha. As duas afirmam que estavam apenas fumando cigarro. A discussão escalou, e em um vídeo divulgado nas redes sociais, Pedro é visto agredindo as mulheres com socos e empurrões.

Maria Júlia contou que, ao pedir ao pastor que parasse por causa dos filhos que estavam chorando, ele se descontrolou e a empurrou. Em resposta, ela tentou se defender, mas o pastor a atacou fisicamente. “Foi horrível, tudo aconteceu na frente dos nossos filhos”, lamentou a vítima.

O caso foi registrado como lesão corporal na 59ª DP (Duque de Caxias), mas, segundo Maria Júlia, não se enquadra na Lei Maria da Penha por não haver relação entre o agressor e as vítimas. O pastor, que frequentemente realiza cultos na praça, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

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