Baiana que advogou no caso ‘Titi Gagliasso’ leva prêmio da ONU

A advogada baiana Juliana Souza, responsável pela sentença do caso de racismo, sofrido por Titi Gagliasso, após ganhar grande notoriedade, vai receber o prêmio Most Influential People of African Descent (Mipad), apoiado pela ONU.

A cerimônia acontece no Harvard Club, em Nova York, nesta sexta-feira, 27, após a advogada conseguir com que Day McCarthy fosse condenada a oito anos e nove meses por proferir uma ofensa racista a filha mais velha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.

Nas redes sociais, a baiana demonstrou seu contentamento, “A alegria é imensa, pois ao recebê-lo, carrego comigo toda a minha história, minha ancestralidade e a caminhada de muita gente. Obrigada pelo carinho de sempre!”.

“A condenação de 8 anos e 9 meses, inicialmente em regime fechado, no caso Gagliasso x Day McCarthy não é apenas uma vitória para a família Gagliasso, é uma vitória para todos nós. É a prova de que o racismo não compensa e que podemos, sim, mudar o curso da história”, escreveu a advogada em publicação de fotos ao lado de seu cliente.

Juliana Souza ressaltou que a justiça do caso é uma vitória não apenas dela, mas também de “todas advogadas e advogados pretos que estão na linha de frente, enfrentando desafios imensos, mas que seguem firmes, porque sabem que nossa luta é maior”, finalizou.

Além de advogada, a baiana também é influencer e costuma aparecer ao lado de famosos para falar de assuntos jurídicos e raciais.

Ela já fez lives com Anitta sobre equidade racial, na época da pandemia, é palestrante e dá consultorias sobre o tema. Em julho, participou de uma festa no instituto Vini. Jr. para dar visibilidade à causa.

Juliana também fundou a própria entidade, o Instituto Desvelando Oris e se tornou escritora após lançar “Torrente Ancestral, Vidas Negras Importam”, em 2023.

 

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