É a primeira medalha olímpica de Rayane, que tem baixa visão. Na final, ela marcou 11s78 e ficou apenas a dois centésimos de Lamiya Valiyeva, do Azerbaijão, que conquistou o ouro.
Em entrevista ao Sport TV, a brasileira deu crédito a Deus pela vitória olímpica. “Eu sonhei com isso! Quero agradecer muito a Deus, ao meu Deus que minha mãe apresentou desde quando eu nasci, esse Deus que não desistiu de mim”, declarou ela.
Fortalecida pelo Senhor
A velocista lembrou de quando não conquistou o pódio nas Paraolimpíadas de Tóquio, em 2020, e como a derrota foi usada pelo Senhor para fortalecê-la.
“Em Tóquio, eu não estava pronta. Psicologicamente e fisicamente eu não me sentia pronta. Eu agradeço a Deus por tudo o que Ele fez na minha carreira. Porque se Ele tivesse me feito medalhista lá, eu não seria a atleta que sou hoje, eu não teria a disciplina que tenho hoje”, testemunhou.
“Então, eu agradeço muito a Deus por todas as vitórias e por todas as derrotas”, acrescentou ela.
Rayane ainda agradeceu sua família por lhe dar apoio em todas as situações, principalmente durante as diversidades de sua carreira esportiva.
Neste ano, a atleta de 28 anos, também foi campeã dos 400 metros no Mundial de Kobe. Rayane Soares da Silva nasceu cega devido a microftalmia bilateral congênita, uma má-formação nos globos oculares.
A velocista, do Maranhão, ingressou no esporte paralímpico em 2015. Rayane coleciona títulos importantes, incluindo medalhas no Mundial de Paris em 2023 e no Mundial de Dubai em 2019.
Além disso, a brasileira conquistou o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e a prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima em 2019.