O empresário e candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, manifestou publicamente sua insatisfação com o ex-presidente Jair Bolsonaro após uma troca de mensagens nas redes sociais. Marçal, que doou R$ 100 mil para a campanha de Bolsonaro em 2022 e atuou como estrategista digital, auxiliando na gravação de mais de 800 vídeos, cobrou a devolução do valor após sentir-se excluído do que chamou de “nós”.
A tensão surgiu quando Bolsonaro, em uma postagem sobre investimentos feitos no setor ferroviário durante seu governo, foi lembrado por Marçal de uma frase usada pelo próprio ex-presidente: “Para cima deles, capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”. A resposta de Bolsonaro foi sucinta e irônica: “Nós? Um abraço”. Essa resposta provocou uma reação imediata de Marçal.
Marçal relembrou seu apoio a Bolsonaro, mesmo quando isso o colocou sob investigação da Polícia Federal, e sugeriu que, se realmente não existisse um “nós”, Bolsonaro deveria devolver os R$ 100 mil, sugerindo que o valor fosse redirecionado para sua atual campanha à Prefeitura de São Paulo. Ele ainda ressaltou que todos os desentendimentos anteriores haviam sido resolvidos e que ainda respeita Bolsonaro, mas pediu clareza em relação ao apoio político.
A troca de mensagens rapidamente ganhou repercussão entre os apoiadores de Bolsonaro, com alguns defendendo Marçal e outros criticando sua postura. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, também entrou na discussão, questionando as intenções de Marçal e lembrando uma declaração polêmica feita pelo candidato em 2022.
Pablo Marçal, que recentemente buscou o apoio de Bolsonaro para sua candidatura, não obteve a aliança desejada. Bolsonaro indicou que poderia apoiar Marçal em um eventual segundo turno contra Guilherme Boulos, do PSOL, mas não manifestou apoio direto na fase inicial da campanha.