Com o tempo de 48s17, Marileidy também quebrou o recorde olímpico dos 400 metros, que estava em vigor desde 29 de julho de 1996, quando foi estabelecido por Marie-José Pérec em Atlanta.
A atleta dominicana se tornou a primeira mulher de seu país a conquistar uma medalha de ouro olímpica. Esse feito se soma às duas medalhas de prata que ela ganhou em sua estreia olímpica em Tóquio 2020.
Treinada pela cubana Yaseen Pérez, a medalhista já é a quarta mulher mais rápida da história nesta modalidade do atletismo.
Marileidy celebrou sua medalha de ouro em Paris 2024 compartilhando uma história nas redes sociais, expressando seu agradecimento e louvor a Deus pelo resultado da corrida.
“Ninguém pode vencer Deus”, foi a descrição que fez quando postou sua história com fotos tiradas após ganhar a medalha de ouro olímpica.
Com a bandeira de seu país e apontando para o céu, também escreveu: “Um grande obrigado novamente a Deus por me dar aquela imensa força mental, por me dar aquela força de fé, por me dizer em meio às lágrimas, dia após dia, que seu propósito é grande em minha vida.”
Mais tarde, a atleta publicou outro post com imagens dela na pista, tanto caminhando quanto durante a corrida, acompanhadas da legenda: “O poder de Deus é grande.”
Uma vida de fé e conquistas
Sem antecedentes esportivos na família, Marileidy, de 27 anos, cresceu praticando esportes improvisados em sua cidade natal, Don Gregorio, que fica a cerca de uma hora de carro de Santo Domingo.
Ela vem de uma família muito pobre, mas com uma profunda fé cristã. Marileidy começou a competir em atletismo como uma forma de ajudar a sustentar sua família.
No início, ela não tinha dinheiro para comprar sapatos e corria descalça, passando a usar sapatos emprestados posteriormente.
Mesmo após alcançar o sucesso, Marileidy mantém sua humildade e, atualmente, solicita apenas que suas despesas de viagem, bem como as de seu treinador e fisioterapeuta, sejam cobertas.
A atleta nunca deixa de testemunhar sua fé em Jesus. Após conquistar a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio, levantou a bandeira dominicana e sua Bíblia. Na verdade, ela estava erguendo duas Bíblias: a sua e a da bandeira dominicana. Em um de seus sapatos, escreveu: “Deus é minha esperança, amém”.