Em uma entrevista recente, o criador de “The Chosen“, Dallas Jenkins, esclareceu muitos questionamentos que surgiram nas redes sociais sobre o envolvimento da produção cristã com os mórmons e o público LGBT.
Durante a conversa com Allen Parr, do canal “The Beat”, no YouTube, o produtor de 48 anos falou sobre algumas controvérsias que enfrentou nos últimos anos, incluindo a presença de um operador de câmera gay com uma bandeira LGBT no set de filmagem e sua amizade com pessoas que frequentam a comunidade dos “Santos dos Últimos Dias”, conhecidos como os mórmons.
Dallas destacou casos em que a série foi mal interpretada, citando exemplos de como certas cenas foram retiradas do contexto e ocasionaram julgamentos “superficiais”. “É frustrante”, disse ele.
O diretor também relembrou que The Chosen “não é um ministério”, afirmando que, embora ele e sua esposa tenham um ministério pessoal focado em levar as pessoas a Jesus, “a conversão é a obra de Deus e do Espírito Santo, não deles”.
Na ocasião, ele explicou que alguns integrantes do elenco e da equipe, não são “crentes tradicionais”: “Não exijo que o elenco e a equipe assinem minhas próprias crenças pessoais”.
“Somos uma empresa com fins lucrativos. E pensamos: ‘Você vai trabalhar duro, vai fazer um ótimo trabalho e vamos fazer esse trabalho juntos. E qualquer que seja o seu histórico, não é da minha conta”, afirmou Dallas.
Bandeira LGBT
No ano passado, Dallas e “The Chosen” enfrentaram críticas depois que um vídeo de uma bandeira LGBT no set de filmagem circulou nas redes sociais.
“Temos pessoas em nosso elenco e equipe que vêm de várias origens. Nosso operador de câmera é gay e essa bandeira estava em seu equipamento pessoal”, relatou ele.
“Eu não policio nenhuma dessas coisas. E nosso elenco e equipe sabem que, se tiverem problemas pessoais com as questões pessoais de outra pessoa, terão que deixá-los na porta porque estamos aqui para trabalhar juntos, independentemente de nossa política, independentemente de nossas origens. Vamos trabalhar juntos nisso”, acrescentou ele.
No entanto, Dallas enfatizou que ele não apoia o movimento LGBT: “Todo mundo sabe onde estou. Sou um cristão evangélico e acredito em um ponto de vista bíblico da sexualidade”, afirmou ele.
Mórmons
Um dos tópicos mais polêmicos discutidos na entrevista foi o relacionamento de Dallas com a comunidade mórmon e sua afiliação com a Angel Studios, que é de propriedade dos irmãos Harmon, que são adeptos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
O diretor esclareceu a natureza dessa parceria e seu impacto em “The Chosen”, explicando que, embora a Angel Studios tenha desempenhado um papel significativo no lançamento da série, eles não tiveram influência em seu conteúdo e que ele continua a defender os princípios cristãos evangélicos.
Dallas aproveitou a oportunidade e contou que o motivo da separação de The Chosen e da Angel Studios não tem nada a ver com a questão. Hoje, a produção é distribuída pela Lionsgate.
“Não tenho nenhum problema em trabalhar com um bom profissional que coopera para executar a produção. Eles não têm nenhuma entrada ou influência no conteúdo do programa“, disse ele.
Por fim, Dallas pediu às pessoas que deixassem “The Chosen” falar por si e se concentrassem no que é realmente relevante, em vez de se envolverem em “interpretações erradas ou suposições baseadas em informações limitadas ou comentários passados”.
“The Chosen” é a primeira série de várias temporadas a seguir a narrativa do Evangelho da vida e ministério de Jesus. A produção se tornou um fenômeno mundial e está em sua quarta temporada.