O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse, nesta quinta-feira (29), que o Governo Federal “não entende” o número de mortes de indígenas yanomamis em 2023 como um “diagnóstico final”.
Durante inauguração da Casa de Governo em Roraima, que integrará as ações da Esplanada para atender à população indígena da região, o ex-governdor da Bahia afirmou que a “verdade do que aconteceu” vai aparecer.
“Não entendemos, portanto, esse número divulgado como o número final do diagnóstico e verdadeiro do que aconteceu. Após o inquérito teremos um balanço comparativo com os outros anos. Independentemente dessa comparação, os números absolutos de 2023 já demonstram a gravidade do problema e, por isso, ampliamos nossas ações de integração”, disse Rui Costa.
Ainda de acordo com o ministro, um inquérito sanitário foi instalado para identificar “os números reais e verdadeiros” de mortes no território. Para o ministro, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abandonou o processo de registro e prejudicou a coleta de dados nos últimos anos.
O território registrou 363 mortes de indígenas yanomamis em 2023, primeiro ano do governo Lula, o que supera os números oficiais de 2022 (343 mortes), embora a gestão argumente que houve elevada subnotificação no último ano do governo Jair Bolsonaro.